Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

domingo, 4 de julho de 2010

Requiem do Brasil na Copa

Sexta-feira, 02 de julho de 2010. Data fatídica para o futebol brasileiro. Fatídica por que o assunto aqui é levado a sério. Fuga do trabalho e das preocupações. Afinal, quem se lembra dos danos da enchente no Nordeste durante os 90 minutos cruciais para uma classificação na semifinal? Até o presidente para a agenda e veste a camisa. Aliás, neste dia ele estava embarcando para o giro no continente africano. Pena que a final que ele assistirá não terá verde-amarelo. Quando a Holanda virou o jogo, a esperança, que costuma ser a única que morre, morreu e foi enterrada junto com o hexa. Os brasileiros começam a procurar culpados. Dunga, Felipe Melo, Kaká, Jabulane ou o árbitro? A busca pelos culpados varou o dia e a noite. E enquanto muitos preferiam a ressaca da derrota, preferi mudar de assunto e esquecer esse episódio. Lá fomos nós e um casal de amigos, no frio de 16 graus daquela noite seca, assistir a um concerto. Coral Comunitário da UnB. Ao pegar o programa, dei de cara com um Requiem do italiano Luigi Cherubini. Pudera. Um Requiem para terminar de sepultar o hexa. Para dar adeus ao sonho de voltar para o trabalho mais cedo na terça-feira, dia da semifinal. Ironias a parte, e parafraseando Cherubini, “Requiem aeternam dona eis, Domine, Et lux perpetua luceat eis.” Tradução: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno. E a luz perpétua os ilumine.” Até 2014, em chão brasileiro. Aí eu quero ver.

PS: Também dedico este Requiem ao prezado Maradona e sua equipe, que engoliram 4 jabulanes antes de voltar para casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente