Se amigo é coisa pra se guardar, que
seja guardada a melhor risada. Aquela de um encontro casual, de uma
piada boba num lugar qualquer. Que seja guardada também a bronca
sincera, o puxão de orelha, o bate-boca que logo se dissipa como um
bocado de plumas ao vento. Mas que seja arquivado num lugar de
destaque, o perdão. A capacidade de superar erros e falhas e
prosseguir. Se amigo é coisa pra se guardar, que fiquem na galeria
do peito momentos felizes e difíceis. Aquele choro consolado, um
pedido de socorro ouvido, uma mão estendida no momento sempre certo.
O bate-papo prolongado, sobre coisas importantes ou sobre nada. Tudo
é assunto quando dois amigos se encontram. E que seja abrigado com
cuidado todo carinho e respeito, todo bem-querer. Debaixo de sete
chaves, protegidos de todo rancor ou mágoa. Porque amigo é antônimo
de solidão. E quando está longe, sinônimo de saudade. Feliz dia do
amigo!
Foi amor à primeira sílaba. Quando descobri as orações e períodos, os textos e contextos, então, nem se fala. Me apaixonei perdidamente. Paixão por contar a vida, por imortalizar os fatos, por narrar um cotidiano nada previsível. Esse é o caso antigo que mantenho firme desde que me revelaram este tão nobre ato de escrever.
Quem sou eu
- Ana Gabriella Sales
- Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.