Tempo, tempestade. Cinza, nostalgia. Terra, fertlidade. Semiárido, agonia. Desaba o mundo fora e dentro do peito. O sol foi embora, o riso foi também. Daqui a pouco ele volta. O que não volta é o tempo, que ficará para sempre travestido de lembrança. Chuva traz saudade, traz melancolia. Mas o sertanejo dançaria na chuva, pelo fim da espera, que de tão cruel parece eterna. Depois dessas poucas palavras, o sol já vem vindo ali, tímido entre nuvens, dissipando esse breve devaneio.
Foi amor à primeira sílaba. Quando descobri as orações e períodos, os textos e contextos, então, nem se fala. Me apaixonei perdidamente. Paixão por contar a vida, por imortalizar os fatos, por narrar um cotidiano nada previsível. Esse é o caso antigo que mantenho firme desde que me revelaram este tão nobre ato de escrever.
Quem sou eu
- Ana Gabriella Sales
- Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.