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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

domingo, 31 de julho de 2011

Ar puro...


...um dos encantos da Amazônia. Depois conto mais direto de Altamira, no Pará. Minha casa por uma semana.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amizade tem idade?


Recebi esta imagem hoje por email de uma amiga-prima-irmã pelo Dia do Amigo e fiquei pensando na idade de uma amizade. Será que ela tem uma? Será que tem prazo de validade como um produto perecível da prateleira? Será que sobrevive a crises, a longas distâncias, a discordâncias. Até que ponto uma amizade tolera a diferença? E se não tolera, se não é amistosa, será que um dia foi mesmo amizade? Mas algo me diz que uma amizade de verdade é eterna. Até depois da morte deixa saudades. É um amor que não se explica. Não está no sangue, mas no coração. A amizade nasce de uma afinidade extrema, de um carinho, de uma vontade de cuidar, de ver aquela pessoa feliz sem receber nada em troca. Amizade está em conversar sobre tudo, atento aos limites, mas sem fronteiras. É respeitar, acima de tudo, e quando falta o respeito, é saber pedir perdão. E quando se sentir desrespeitado, é saber perdoar. Amizade para mim não tem idade. Se um dia acabou, talvez nunca tenha sido, de fato. Mas se um dia esfriou, pode ser que depois de um tempo reencontre um lugar aquecido reservado no coração. Porque sabiamente diz a Canção da América, uma de minhas favoritas desde a infância, que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito. Guardo no meu, debaixo de sete chaves, alguns poucos amigos, que me acompanham sempre, e que já vi partir, como meu querido pai-amigo. E quem disse que mãe não pode ser também a melhor amiga? Pode, e é. E todos os outros queridos que tenho um carinho imensurável, um amor que, venha o que vier, não acabará. Obrigada pela inspiração das velhinhas Alline, minha amiga de longa data, de muitas risadas, de momentos difíceis e de superação. Amo vocês, a quem dedico esta canção.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nonada

Primeiro dia de trabalho depois de uma semana de férias. A vida aos poucos vai voltando ao lugar, com horários, trânsito e responsabilidades que levam à rotineira rotina. Na verdade, minha rotina é um tanto quanto imprevisível. Meu escritório não é na praia, mas também não tem endereço certo. Cada pauta, um destino, um itinerário, um lead, uma chamada. Ou não. Hoje mesmo meu dia não rendeu nada. Só expectativas que não evoluíram para uma matéria. Nada. Só penso em chegar logo em casa e fazer uma receita deliciosa que aprendi hoje. Quem sabe amanhã algum assunto, em algum lugar, faça minha rotina valer a pena. Enquanto isso fico enveredada nesse grande sertão de notícias. Podia estar lendo Guimarães Rosa. Nonada.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Hasta siempre!

O roteiro turístico de qualquer lugar se torna muito mais interessante quando temos tempo de caminhar sem pressa, dispostos a descobrir novas esquinas, observar e sentir o ritmo da cidade. Foi isso que fizemos quando soubemos que o famoso bairro da Recoleta ficava a alguns quarteirões do hotel. Mais uma vez, pé na estrada. Pelo caminho, prédios antigos e rebuscados nos chamam atenção e deixam o passeio ainda mais interessante.

Vista do hotel: Av. 9 de julio
                                      




A Recoleta é um bairro nobre cheio de lojas de luxo. Chegamos a entrar em uma galeria de arte e jóias. Também passamos por uma praça de árvores gigantes. Alguns moradores de rua chegam a dormir entre suas raízes.

Uma das vitrines chiques da Recoleta. Chocolate!


Mas o que nos interessava mesmo era o Cemitério histórico, onde estão os os túmulos de Eva Perón e da alta sociedade argentina. Antes, uma passagem pela igreja que fica ao lado, construída em 1732, hoje declarada basílica e patrimônio nacional. Subimos algumas escadas da igreja para ver algumas relíquias e descobrimos uma vista aérea do cemitério da Recoleta.

Notações do canto gregoriano. O início da escrita musical.

Cemitério da Recoleta visto de cima

Nunca vimos tanto luxo para os mortos. Dizem que o cemitério da Recoleta é o metro quadrado mais caro da cidade. Inaugurado em 1822, além de receber corpos de personalidades, é um verdadeiro museu a céu aberto, cheio de esculturas e obras de arte que amenizam o clima mórbido do lugar. O Beg quis ficar andando entre os corredores, o que não me agradava muito. Queria sair logo dali... Mas concordo que é um lugar de visitação imprescindível.





Saindo do cemitério, hora do almoço. Restaurantes bem aconchegantes não faltam do outro lado da rua. Promotores ficam na porta fazendo propaganda e entregando folhetos com os cardápios. Escolhemos um onde o prato principal do dia era um ojo de bife, tradicional na Argentina. Para nós, o miolo da alcatra. Servido com batata recheada, salada verde e o típico molho chimichurri, com ervas e pimenta. De cortesia, uma taça de espumante. Delícia!

O que faz parte do chamado cubierto. Sempre pãezinhos com alguma pasta para abrir o apetite.

Da Recoleta voltamos a pé para o Hotel e depois fomos andar na rua Florida, das compras. Só andar... O jantar foi no Puerto Madero. Um buffet livre cheio de carne para todos os gostos, para variar. O Beg só achou tudo meio sem sal. Eu até me acostumei.


Mais doce de leite. huuummmmm

No caminho, o Teatro Colón.

Terça-feira - Primeira parada: Palermo

Palermo é um bairro enorme em Buenos Aires, e por isso mesmo dividido em algumas partes. Andamos um pouco pelas ruas do Palermo Viejo. Tem muitas lojas, restaurantes e cafés, além de pracinhas onde crianças e idosos passam o tempo. Lá também encontramos por acaso o Jardim Botânico, lindíssimo. Um pulmão no meio da cidade e também cheio de belas esculturas.



De Palermo para La Boca, onde fica o Caminito

Decidimos conhecer outro ponto muito tradicional, o bairro La Boca, que segundo o taxista é habitado por muitos italianos e descendentes. O bairro é meio esquisito, mas o Caminito é parada obrigatória. É um centro turístico todo colorido e cheio de artesanatos. E o melhor, em todos os restaurantes, apresentações de tango. Escolhemos um para apreciar.



Tango no restaurante

Haja gordura!
Nosso tempo em Buenos Aires está acabando, mas na mala levaremos alguns alfajores para adoçar estas lembranças e muitas fotos para colorir um álbum que já deixa saudades. Hasta siempre hermanos!
                            

domingo, 10 de julho de 2011

Nuevos e Buenos Aires

A chegada a Buenos Aires no dia da independência da Argentina foi mais calorosa do que imaginávamos. A cidade nos acolheu bem e os termômetros marcavam 15 graus. Ao ver que nosso hotel era bem centralizado, quase ao lado do Obelisco, ficamos ainda mais animados. Paramos para fazer um lanche, já que não havíamos almoçado. A melhor opção foram as tradicionais empanadas do café da esquina do hotel. Quentinhas, assadas na hora. Preferimos as de carne às de frango. Mas todas estavam uma delícia. Para nós, brasileiros, um pastel assado. Só o que não foi uma delícia foi ver o Paraguai fazer 2 gols de virada no Brasil e os argentinos, ainda que contidos, comemorando nas nossas costas.

Empanadas
Quando chegamos ao hotel de volta, vimos o gol de empate no último minuto. Pelo menos uma trégua para a amolação dos hermanos! Mas esta foi só a primeira etapa do dia das nossas bodas de 6 anos. Mais tarde, um jantar num lugar maravilhoso nos esperava. Foi dica de jornalistas brasileiros que moram aqui em Buenos Aires. Um lugar pouco conhecido pelos turistas e, por isso mesmo, especial. O tradicional restaurante argentino do Club del Progreso foi o escolhido para nosso brinde. Valeu muito a pena! A construção é do século 19, a mobília antiga é muito aconchegante e os pratos, deliciosos.

Entrada do Club del Progreso

Hall que leva ao restaurante
A pedida foi uma costela bovina assada acompanhada com salada e, de sobremesa, as famosas e maravilhosas panquecas de doce de leite, outra tradição argentina de dar água na boca. Aqui o doce de leite tem um segredo, ainda não descobri qual é, mas é o mais gostoso de todos, na minha opinião.


Prato principal


As panquecas de doce de leite:)

Tim tim!

Primeira parada de domingo: San Telmo


A feira de antiguidades de San Telmo é enorme e muito gostosa de andar. Várias barracas, galerias e lojas nos convidam a uma viagem no tempo. Tem de tudo, desde lustres, bússolas, esculturas e móveis até artesanatos locais que imprimem um pouco da história deste lugar. Pena que hoje não teve nenhuma apresentação espontânea de tango na praça principal, mas a caminhada já valeu o passeio. Talvez os dançarinos tenham gasto muito tempo votando, já que hoje foi dia de eleições para governador por aqui.




Arte em San Telmo


Paramos para almoçar um prato nada calórico: bisteca com ovos fritos, pimentão assado e batata frita. rs Bom para recarregar as energias, pois ainda andaríamos mais uns 8 km.


Na volta, desembocamos na Plaza de Mayo, ponto central da cidade, onde fica a Casa Rosada, sede do governo argentino. Pose para fotos com a ajuda das dezenas de brasileiros que lá também estavam nesse domingo ensolarado, porém, muito frio.




De lá descemos para o Puerto Madero, bem pertinho. Andamos só a metade, visitamos o museu náutico numa fragata antiga e paramos para tomar um delicioso chocolate quente com um brownie com, adivinhem, doce de leite. É irresistível por aqui.


Uma das cabines da embarcação


Dulce de leche, siempre!
Depois disso, ao invés de pegarmos um táxi, meu amado esposo conseguiu me convencer a voltar tudo a pé para o Hotel. E lá se vão mais alguns km. Meus pés já não estavam correspondendo, mas quem está na chuva é pra se molhar, então, pé na estrada. Agora aqui estou narrando esta sexta lua de mel e me preparando para o que virá amanhã. Agradeço a Deus por esta oportunidade de passar por momentos tão agradáveis.


Hasta mañana!