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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Despedida

Há alguns meses fui convocada para ir às pressas para São Paulo de madrugada, para acompanhar o quadro de saúde do então vice-presidente da República. Ele acabara de sofrer um infarto e todos pareciam crer que dali não passaria. Permaneci por dois dias em frente ao Hospital Sírio Libanês e o pior boletim médico dizia que seu quadro era estável. As fotos oficiais da presidência também sempre mostravam um sorriso firme, ainda que ele estivesse sobre o leito. No início do ano, voltei a São Paulo, quando Alencar recebia uma condecoração, e estava lá firme, se desculpando por estar sentado numa cadeira de rodas. Ali ele fez sua despedida em público. Disse que tinha fé e que fosse feita a vontade de Deus. Hoje esta vontade se cumpriu. Depois de anos de luta, de vitórias, de dores, ele partiu. Agora, a exemplo de Tancredo, será velado no Palácio do Planalto, cedido pela presidência. Mas nada se leva desta vida. Espero que ele tenha conquistado, em vida, o maior tesouro que se pode ter, que é a vida eterna, ao lado de Deus. Adeus, Alencar.

Minhas últimas reportagens sobre Alencar
http://www.youtube.com/tvnbr#p/search/19/-mjlGG8YLuY
http://www.youtube.com/tvnbr#p/search/3/Qo6mV38Wm_4
http://www.youtube.com/tvnbr#p/search/0/Q_82CuobfdQ
http://www.youtube.com/tvnbr#p/search/5/jP2JpXU3adI

No Blog
http://casoantigo.blogspot.com/2010/11/boletim-medico.html

domingo, 27 de março de 2011

Sonhar é um bom começo


Poucas coisas me emocionam tanto quanto colação de grau. O que para muitos pode parecer apenas uma formalidade chata, piegas, para mim é uma passagem necessária para fechar um ciclo, concluir um projeto de vida, mostrar êxito naquilo que se propôs a fazer. Podem ser até desconhecidos de beca, mesmo assim é difícil segurar as lágrimas. Eu bem que tento, engulo o choro, solto um sorriso para disfarçar, mas não tem jeito. E quando conheço a história e o esforço do formando para chegar até ali, então... pode me trazer um lenço, porque não vou aguentar. Semana passada fui a uma colação da UnB. Mais uma para minha coleção. Com direito a confetes e serpentinas, balões de gás e todo o kit espalhafatoso que a ocasião pedia. Mas fiquei observando o rosto das pessoas na plateia. Das mães, dos pais, dos avós, e vi que não estava sozinha. A emoção era a regra, sem exceção. Passava um filme na cabeça de cada um, cujo título é superação. Como é bom terminar o que se começou. Vencer as dificuldades, e no fim ver que tudo valeu a pena. E é bom saber que todo dia é dia de começar. Porque como já dizia o poeta, os sonhos não envelhessem. Qual o seu sonho?

Viva!


Brotou a rosa. Linda, colorida, cheirosa, brotou. Viva a rosa! Hoje, foi arrancada da roseira para colorir e perfumar o dia de alguém muito especial. A singeleza de suas pétalas foi acariciar o rosto e buscar um sorriso deste alguém. Uma nobre missão. Ela espera encontrar aquele sorriso de sempre, mesmo em meio à lágrima ou à dor de outrora. Um sorriso de paz, aquela que excede todo o entendimento. Um sorriso de amor à Deus e à vida. Um sorriso de garra que ajuda a enfrentar tudo. Um sorriso de gratidão. Viva a vida! Mais um ano de vida! Viva a tia Virgínia!

Hoje queria te entregar esta rosa pessoalmente, junto com um abraço apertado. Mas envio todo o meu amor real, aquele que tenho por você desde pequenininha, por este meio virtual. Já te disse, e não me canso de dizer, que você é um testemunho de perseverança e força. Te amo!

O SENHOR te abençoe e te guarde;
O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
(Nm 6:24-26)

Texto em homenagem ao aniversário da minha tia querida, Virgínia Amaral Sales.

sábado, 26 de março de 2011

Ao sabor do vento

As nuvens chegaram logo para encobrir o céu nesta manhã. Não se contentaram em observar de longe o dia lindo que nos acordava neste primeiro sábado de outono. O sol permanece, por ora. Ainda não sucumbiu à chuva. Mas, aos poucos, o tempo está fechando, enquanto o vento leva para longe as folhas caídas da estação. E também sopra com força meu pensamento. Quando eu aterrissar, volto aqui para contar que sabor o vento tem.

sábado, 19 de março de 2011

Um dia memorável

Não há como dizer que foi um dia qualquer. Nem um encontro qualquer. A primeira mulher na presidência do Brasil e o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Ambos ali, a apenas alguns metros de distância da legião de jornalistas famintos por notícia. Mas uma notícia já estava dada: o encontro da democracia. Democracia que traz também divergências, interesses, barreiras comerciais, reformas tardias, que, como disse Dilma, refletem um mundo antigo. Obama andou, se portou e falou com a mesma serenidade que conheci à distância, pela TV. TV por onde agora dou a notícia. Ele chegou pontualmente às 7h30 da manhã com seu 'pequeno' avião de 70 metros de comprimento, o Air Force One. Acenou e desceu com a família. Até a sogra veio. No Palácio, chegou por volta das 10h20. Passou em revista à tropa, subiu a rampa calmamente, e lá no topo, Dilma, elegante como nunca, segundo opinião unânime de todos que consultei. Aproveitei a oportunidade e a brecha quase impossível entre uma câmera e outra para gravar uma passagem na frente dos dois chefes de Estado. Não era uma matéria qualquer. A declaração à imprensa atrasou em quase uma hora, mas pelo menos ali havia cadeiras suficientes para acolher os repórteres tupiniquins e aos sobrinhos do tio Sam. Neste dia memorável, com tantos flashes, a popularidade de Obama foi a 100, embora esteja abaixo de 50 pontos no seu país. Só se fala disso em todos os jornais. E também se fala no ataque autorizado pelos EUA à Líbia. A guerra começou, em nome da proteção aos civis líbios. O Brasil se absteve nessa decisão. O que seria melhor? Vamos ver no que isso vai dar. Fato é que este dia memorável agora está devidamente guardado e gravado eu em meu arquivo. Unforgettable.

Clique para assistir a reportagem: http://www.youtube.com/tvnbr#p/u/7/wpbCTMKKb7Q

Ichiro Guerra/PR

Roberto Stuckert Filho/PR

quinta-feira, 17 de março de 2011

Shakira no Palácio

De roupa preta, saltão e loiríssima, Shakira Mebarak acaba de chegar ao Palácio do Planalto. Confesso que nunca tinha visto seu sobrenome. Coisa de formalidades de agenda presidencial. Mas fato é que ficamos mais de uma hora aguardando a chegada, atrasada por conta da própria Agenda da presidente. Melhor seria se eu estivesse de 'pies descalzos', porque custou ficar em pé esse tempo todo. Depois que a Shakira saiu da Colômbia para o mundo, costumo dizer que ela troca de cabelo como quem troca de roupa. Assume mesmo as madeixas, sejam negras, vermelhas, com dread, de trancinhas ou loiras. O que mais me interessa na celebridade é a voz exótica, que, particularmente, gosto muito. Mas claro que os comentários gerais que ouvi por aqui foram: 'Ah, como ela é magra e baixinha!' 'Que cabelo feio, crespo, esticado... etc'. Inveja mata mesmo... rs Semana que vem quero ver o que a repórter do CQC, que também veio para cá com seu terninho mal cortado e de tênis, dirá. Shakira entrou rapidamente e com um sorrisinho tímido. Só parou para tirar foto com um menino, filho de uma funcionária, que pediu para ela com todas as letras - Sharira, tira uma foto comigo? - quebrando o silêncio. Mas alguns passos depois, o elevador já estava a sua espera, e foi-se. Neste momento está em audiência com a presidente. Vamos ver o que sairá de lá, desta agenda 'Loca'!

>>Atualização: O encontro foi rápido. Logo Shakira desceu para falar com os jornalistas. Ela doou um violão autografado para ser leiloado por programas sociais no Brasil e falou sobre a fundação latino-americana da qual é ativista, voltada para o desenvolvimento de crianças carentes de 0 a 6 anos. Viu, não basta ser pop, tem que se preocupar. Até!

Clique aqui para assistir a reportagem: http://www.youtube.com/tvnbr#p/u/16/P7ZgOhJaag0

Ichiro Guerra/PR

quarta-feira, 16 de março de 2011

Estoy Aqui

Mais um fim de tarde prateado na Esplanada. Os vidros furtacor dos ministérios refletem o vai-vém de carros e ônibus que encerram mais um expediente. A noite cai e eu continuo aqui, diante das cúpulas do Congresso, com a vista privilegiada do comitê de imprensa do Planalto. Vista vip e rotina mais parada que o usual. Na era Lula, não eram raros os eventos, solenidades, as imagens, as sonoras. A expectativa continua a mesma, mas com menos finais felizes e menos leads. Vemos mais a 'presidenta' pela TV, batendo papo com a Ana Maria ou andando de mãos dadas com a Hebe, do que aqui, em seu nobre palácio. Mas continuamos na eterna expectativa, esperando que alguém apareça diante do nosso púlpito, e nos dê atenção. Para assim dispararmos as boas ou más novas aos ouvintes, telespectadores, leitores, twiteiros, para o mundo. Nesta tarde, só rendeu uma sonora com o presidente mundial da AB InBev - maior produtora de cervejas do mundo. A má notícia é que eles vão investir R$ 2,5 bi no Brasil este ano. Devem gerar milhares de empregos, novas tecnologias e introduzir milhões de pessoas no alcoolismo maldito. Sim, porque nenhuma cerveja é impune, todas são devassas. Vão criar latas de tamanhos e rótulos diferentes. Sabores e texturas. Contribuirão diretamente para o aumento dos acidentes de trânsito nos feriadões. Aguardemos a divulgação do balanço da PRF na Semana Santa. No Carnaval, os resultados já foram devastadores. E ninguém se interessa em aprovar logo o projeto de proibir propaganda de cerveja, que perece no Congresso desde a época da proibição de comerciais de cigarro. A bebida foi retirada do texto estrategicamente. Dá lucro demais para ser considerada vilã. Mudando para um assunto mais sóbrio, Shakira e Obama estão dando o que falar por aqui. Tudo indica que Dilma irá mesmo receber a colombiana amanhã no fim do dia, nada confirmado ainda oficialmente. A pop engajada deve falar sobre a Fundação América Latina Solidária com a presidente. Vamos ver se ela falará com a imprensa no final, antes do seu show. Já o Obama requer mais cuidados. A Praça dos 3 Poderes e o Palácio já estão cercados. Quem quiser ver o presidente, só de longe. Ele deve chegar por volta de 10 da manhã de sábado (19) e ser recebido com as formalidades de praxe. Eu, provavelmente, estarei bem posicionada no chiqueirinho da imprensa oficial, devidamente credenciada. Dali, Obama segue para um almoço no Itamaraty. Mas, lembrem-se: no sábado, a Esplanada vai estar fechada a partir das 8 da manhã. Obama podia, entre outras coisas, acabar logo com a exigência do visto de brasileiros que vão passear nos EUA. Mas vamos aguardar para ver o que o presidente, outrora tão popular, vem nos dizer. Amanhã tem mais plantão aqui, direto da janela do Palácio e da prateada Esplanada. No ritmo estonteante de Estoy Aqui.

Nessa época, eu ainda ouvia Shakira

sexta-feira, 11 de março de 2011

Breaking news

Terremoto e tsunami no Japão, genocídio na Líbia, alertas nos EUA, na França e em outros tantos países. Tudo chacoalhando ao mesmo tempo no noticiário. Ondas assustadoras de catástrofes que inquietam o planeta. O que vem a seguir? Só Deus sabe.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O jeito Ronald de voar (2)

Há algum tempo, escrevi aqui sobre o jeito Farias de voar. Tratava-se de um comandante bem-humorado e gentil, que fez a diferença num voo da Tam. E agora, por questão de justiça, registro aqui o jeito Ronald de voar. Desta vez um comissário, o mais hilário que já vi. Com voz de locutor e sambista carioca, ele levou os passageiros ao delírio e recebeu duas salvas de palmas entre Salvador e Brasília. Uma das pérolas foi ter dito que deixava 17 mil beijos no coração dos passageiros. Daí em diante a simpatia conquistou até quem estava dormindo e ele aproveitou para se abrir mais ainda, cantando. Na saída, ainda deu autógrafo, é mole? E já 'estrela' em vários vídeos do youtube. Preciso dizer que esta foi a única qualidade do voo Webjet. Na minha opinião, a pior companhia atualmente, apesar de preços mais acessíveis. E justifico: Atendentes do check in mau-humorados; não se pode escolher a poltrona, pois o 'sistema' sorteia na hora, e normalmente meio. Ah, caso queira escolher, tem que pagar 5,00 na hora da compra do bilhete, como não fui eu que comprei... Outra coisa é o cardápio. Serviço de bordo não existe. Vc paga tudo o que consome, ou, passa fome. Já fui prevenida e levei meu salgadinho, porque me recuso a pagar 12,00 por um sanduíche. Não esqueçam: levem a lancheira para voos Webjet ou paguem até pela água que vão beber. Até a Gol está aderindo ao cardápio, mas pelo menos serve o básico. Mas em caso de emergência e falta de dinheiro no bolso, não se preocupe, eles passam a maquininha do débito. Aff, como diriam minhas irmãs.

Uma chave singular

Dizem que, para entrar em alguns lugares, só com um sorriso sincero. Ele é capaz de abrir portas que nem se imagina. Portas que driblam a arrogância, o mau-humor, a ignorância. Verdadeiras fortalezas que, sem o sorriso, seriam intransponíveis. Ele amolece o coração duro e a ruga mais sisuda na testa. Abre caminhos para o diálogo, a gentileza, a cordialidade, e por que não, ao amor. Além de ser saudável para a alma sorrir e agradecer pelo dia, pela vida, por mais que ela traga seus percalços. Hoje não acordei sorrindo. Não sorri para uma atendente que passou a noite trabalhando numa lanchonete do aeroporto e às 6h da manhã certamente já estava exausta. Tenho a impressão de que se eu sorrisse para ela, esse fim de plantão terminaria mais leve. Preferi guardá-lo comigo. Mas sorriso guardado não surte efeito e não abre portas. É como uma chave perdida, fora do chaveiro. Então digo para mim mesma: sorria, mesmo que pareça difícil. O resultado vale a pena. É singular.


Bom dia. E não se esqueça: sorria


Pelo Pelô


Fiquei devendo a saga do Pelourinho. Quem me conhece deve perguntar o que faço no olho do furacão do Carnaval na Bahia, no meio da batucada, em frente ao palco do Olodum... Cobertura presidencial, respondo. Como assim? Caí de paraquedas numa pousada no centro histórico nervoso de Salvador na semana de Carnaval. O casarão colorido da pousada deve ter uns 400 anos. Pé direito alto, móveis rústicos e muito simples. Nada de luxo, e mesmo assim, hospedagem cobiçadíssima pelos foliões, que não veem a hora de liberarmos os quartos. Não seja por isso, às 5h da manhã partirei, e é capaz das ruas ainda estarem cheias. Cheias de gringos de toda parte. E brasileiros, muitos, que não se cansam dessa vida. O fascínio que a festa da carne provoca no mundo é impressionante. Mas depois chega a quarta-feira e tudo é cinza. Eu sei que vou pular de alegria quando chegar na minha cama e no meu sossego. Já andei o suficiente pelo Pelô. Agora deixo a banda passar, com uma ressalva: as vielas do Pelourinho são estreitas, mas o caminho da perdição é largo, muito largo. Pense nisso!

terça-feira, 1 de março de 2011

A saga do Projac


TV GLOBO / Renato Rocha Miranda
Neste momento está sendo exibido o programa Mais Você com a presidente Dilma Rousseff, gravado ontem (28). Não dá para ver (risos), mas eu estava lá. Sim, estava lá na recepção do Projac com mais meia dúzia de colegas da Folha, Estadão, da própria Globo, CBN... Todos à espera da presidente, já cientes que nem a veríamos, a não ser hoje, no ar. Mas uma coisa que aprendi nesta cobertura presidencial é que não importa onde, quando e o quê, precisamos estar por perto. Ossos do ofício. Afinal, é a principal mandatária do país. Ela chegou às 11h20, pontualmente atrasada em meia hora. Pudera, o tempo estava muito nublado e o deslocamento foi de helicóptero. O mais próximo que ficamos dela foi quando ouvimos o barulho das hélices durante o pouso, acusando sua chegada. A partir daí, foi uma jornada de quase cinco horas sentados nas poucas poltronas da recepção, cercados de artistas por todos os lados. Bruno Gagliasso, Suzana Vieira e Caio Castro foram alguns dos que passaram por lá. Mas ninguém era celebridade para nós a não ser Dilma Rousseff. E a gravação se prolongava e entrava pela hora do almoço. Enquanto elas tomavam o café da manhã no bate-papo do programa, a nossa fome aumentava. Mas um Bob's que ficava pertinho dali foi a salvação. Pedimos para um colega buscar alguns lanches e seguimos esperando. De dez em dez minutos ligávamos para assessores em busca de notícia, afinal, já estava dando 3 da tarde e nada da presidente sair. Ela estava num almoço oferecido pela Ana Maria. Foi quando saiu do Projac o grupo de repórteres da Contigo e afins que haviam entrado para acompanhar a gravação de um novo seriado global, acho que se chama Tapas e Beijos. Lá, participaram de um coquetel e tiveram que compartilhar a comidinha com os jornalistas famintos. Os bem-casados que eles trouxeram de lembrança foram rapidamente devorados por quem estava fora. Percebe-se que foram mais bem tratados que nós nessa cobertura. Bem, por volta das 16h a hélice acusava novamente que Dilma havia partido. E nós estávamos liberados. Esta foi a saga do Projac, a chamada fábrica de sonhos da Globo, onde não é permitido tirar uma foto do lado de dentro e nem fazer um tour despretensioso com o carrinho elétrico. Enfim, este foi um pouquinho da minha rotina nesta segunda-feira. Mas estava só no início. Depois conto a saga do Pelourinho, onde cheguei só depois da meia-noite, depois que saí do Projac. Daqui a pouco a presidente estará aqui em Salvador. Desta vez, espero que renda matéria.


TV GLOBO / Renato Rocha Miranda