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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Insone

Enquanto o sono não vem, as pálpebras não se tocam, o silêncio na cidade aumenta, e a bateria do computador não acaba, vou divagando, e devagar, quase parando, busco um sonho. Que ele venha depressa. Acho que está chegando. Boa madrugada!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nunca é demais

Hoje é o dia do abraço. Amanhã também, e depois de amanhã, ah, e depois de depois... Não se esqueça de celebrá-lo!
Abrace o filho, o marido, a mulher, o irmão, o desconhecido, ou, simplesmente, uma nova oportunidade de ser feliz. Abrace! Para aquecer o corpo, acionar os melhores sentimentos, abrace. Mas não aquele abraço fingido, que mal encosta, mal aperta, mal se sente. Aquele abraço apertado, sincero, que transmite o bem, não importa a quem. Abrace e deixe-se abraçar, se envolver, descansar nos braços de alguém. E neste tempo frio, quem sabe um abraço mais demorado, capaz de curar as lástimas de um coração estressado, que só precisava disso para voltar ao ritmo normal. Abraço não tem contra-indicação, mas tem muitos efeitos colaterais. Os melhores possíveis. Abrace e descubra!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Será o Benedito?

Hoje acordei com um telefonema daqueles com cara de emergência pelo horário adiantado. Dei um pulo da cama, joguei o cobertor e o edredon para lá e saí correndo para ver quem me chamava tão cedo. Esbaforida na sala, atendi. 'Alô?' O famigerado atendente de telemarketing do outro lado respondeu 'Alô, bom dia!' Meu bom dia foi um tanto quanto afônico para demonstrar minha alegria de sair do aconchego da cama para atender correndo aquele telefonema. E para piorar, não, não era oferta de um novo pacote de internet, nem algum abrigo pedindo dinheiro, nem TV a cabo querendo adesão. O atendente simplesmente pediu para falar com o João Benedito. Mas será o benedito!!! Engano a uma hora dessas!!! Já deu para ver que não era emergência, e tampouco era para mim. O bendito telefonema era para o tal do Benedito. E assim começou minha quarta-feira. Perdi o sono e parti para a labuta.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Saudade

Saudade. Substantivo abstrato que se concretiza na dor, no suspiro, na lembrança de um cheiro bom, de um abraço apertado, de um olhar sincero. Ela não tem limites, pelo contrário, quanto mais distante a fronteira, maior se torna dentro do peito. Aquela terra natal que ficou para trás, a família, os amigos... São como quadros na parede da memória, já cantaria Elis. Ou, ainda, saudade das forças que não são mais as mesmas por alguma circunstância. As pernas não obedecem, o fôlego é escasso, e a cabeça, branca, não para de lembrar da juventude de outrora. Saudade de um tempo que não volta. Todo o mundo a sente, mas só nosso dicionário tem o privilégio da legítima saudade. Palavra que nos leva a quem fomos, aos lugares por onde passamos e às pessoas que passaram pela nossa vida deixando um rastro e um rasgo. De saudade.

Umidade relativa

Este maio nublado aqui no Cerrado me dá ânimo novo para respirar. A umidade vence a poeira e a terra vermelha. Claro que o céu azul sem nuvens do outono faz falta, mas a chuva atípica é mais que bem-vinda. Adia a irremediável seca e inunda de esperança o coração dos brasilienses, antes que se tornem retirantes.
Um bom dia com muitas nuvens pra você!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O amor é frágil?

"O amor é tão frágil. É tão fácil acabar com o amor." A frase dita por personagem da novela Insensato Coração vai além da insensatez. É, para mim, tão infame quanto desprezível. Demonstra, nas entrelinhas do dramalhão, a total falta de conhecimento do mundo sobre o que é o amor. Prefiro recorrer às palavras de Paulo e de João para expressar o amor em que acredito. Desculpem o desabafo, mas convenhamos que o mundo precisa de amor, não do frágil e finito, mas daquele que jamais acabará.

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, estas serão aniquiladas; havendo línguas, estas cessarão; havendo ciência, esta desaparecerá;" (I Coríntios 13, 1-8)

"Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."
"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo."
"Nós amamos porque ele nos amou primeiro"
1 João 4. 8, 18a e 19

Boa noite, sem novela das 9.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mesmice

Depois da chuva, a mesma seca. Depois do rio, o mesmo mar. Depois do inverno, as mesmas flores. E a saudade traz as mesmas dores de quando você partiu sem se despedir. As mesmas músicas, a mesma estrada e aquelas mesmas piadas trazem à tona o que ficou para trás. Mas depois de um dia, um outro dia. Não mais o mesmo, embora mais do mesmo. O mesmo sol, que depois da lua, aquece o coração e leva a lágrima embora.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Incólume

Há quem diga que foi o mico do ano. Um fiasco. Frustração. Ou até mesmo o início das gravações do Duro de Matar 5. Fato é que ele não quer deixar a paisagem de Brasília assim tão fácil. Erguido desde 1974, o velho Mané Garrincha, pelo visto, tem vontade própria. Não arreda o pé dali. 250 quilos de dinamites não foram suficientes para levá-lo ao chão. Passou ileso por essa. A cena foi hilária: a arquibancada de concreto reaparecendo incólume por trás da fumaça, mesmo depois de duas tentativas. O episódio implodiu a paciência do vice-governador, que saiu sem dar entrevista. Essa vai ficar para a história. E que venham as próximas dinamites. Dessa vez eu vou lá pessoalmente conferir.

Viva o Mané! kkkkkk

sábado, 14 de maio de 2011

Caí na rede

Retardatária. Esta palavra poderia definir minha atitude diante das redes sociais. Eu fazia parte apenas do 'velho' orkut e hesitei o quanto pude quando o assunto era facebook. Mas hoje resolvi ceder a esta trama. Me rendi por considerar que não se trata só de mais uma moda passageira, como tantas na internet, mas de um fenômeno da comunicação. O tempo é tão real que cansa. O mural lota a cada segundo. Temas diversos para comentar, curtir, ou, simplesmente, deixar passar. Gente querendo se promover, se conhecer, jogar indiretas ou diretas mesmo, como as de Ed Motta, que deu verdadeiros tapas na cara de muita gente com seus comentários. Até que algum outro nerd crie outra rede e promova a diáspora, vou ficando pelo facebook. Mas estou certa de que, como canta Geraldo Azevedo, por alguns momentos terei vontade de ficar "Sem rádio e sem notícia da terra civilizada."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tempo, tempo

O mesmo tempo que desbota as cores e murcha as flores amadurece os frutos. Passam os anos e, com eles, passamos. Passamos por estradas floridas, por caminhos tortuosos, por momentos tristes e felizes, que juntos pintam a vida com tons de uma rica aquarela. Rica em experiência, em aprendizado, em lições que nos amadurecem, tal qual os frutos. Se há tempo para tudo, hoje é tempo de festejar. Mais um ano vivido, mais experiências acumuladas, mais um dia 11 de maio para colecionar na linha do tempo. Os bebês que crescem, as folhas que caem e as rugas que aparecem são provas de que ele não para. Segue com a serenidade do relógio que, alheio à nossa pressa, mantém o ritmo. Mas hoje vou viver cada minuto sem olhar para o relógio. Vou contemplar o sol que brilha lá fora, o azul do céu que me encanta nessa época do ano, o espelho que me revela uma nova mulher, mais velha. Paradoxo do tempo, que nos permite estes trocadilhos. Só não nos permite voltar, mas avançar com fé, esperança e amor. Este foi o caminho que escolhi. Agradeço a Deus pelos pais que Ele me deu, que à sua maneira, me conduziram e me fortaleceram. Pela minha mãe querida, que me suportou no ventre e hoje tantos anos depois, me suporta no coração, sempre com palavras de amor e encorajamento. Pelo meu marido, amor e amigo que divide comigo cada segundo. Pelas minhas irmãs que sem querer querendo me ensinam tantas coisas. Por cada um que passou, e que permanece em minha vida, fazendo dela um retrato colorido que o tempo não desbotará. Viva o tempo, viva a vida, viva!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Chega de ócio

Depois de uma semana, a constatação óbvia: ócio cansa. Talvez seja o costume de não parar nunca, de estar sempre na correria, de conviver diariamente com dead lines cada vez mais apertados. Não ter o que fazer é, no mínimo, chato. Um verdadeiro convite ao sono e à preguiça incontida. Bem que tento me livrar deles, mas me pegam de jeito. Vou tentar aproveitar melhor o resto das minhas doces férias em casa, para que não se tornem insossas, ou, pior, amargas. Espero que minha inspiração também deixe de preguiça, porque há muito me abandonou. Quarta-feira fico mais velha. Quem sabe isso me dê uma injeção de ânimo. Afinal, nunca lamento por um ano a menos, mas celebro um ano a mais. Verdadeiro presente nesse mundo louco.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ócio

Passar férias em casa não é tão ruim assim. Acordar ou dormir na hora que quer, ler, refletir, sair para fazer uma caminhada sem pressa, se livrar dos papeis velhos e das roupas que só ocupam espaço, inventar uma receita, olhar para o céu no fim da tarde e para o movimento na rua, visitar parentes e amigos que há tempos não se via, planejar a próxima viagem, sonhar, além, é claro, do filminho com pipoca. A vida pacata dá um descanso para o corpo e para a mente que, compulsoriamente, fogem da rotina. Eu já me acostumei com este ritmo que segue o meu compasso. Sem metrônomo, sem regente. Improviso meu tempo e faço minha escala. Folga sem restrição. Direito irrevogável de todo trabalhador. Agora, se me dão licença, estou ocupada, preciso praticar o ócio. Até!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Marco zero

Meu primeiro dia de férias foi bombardeado pela notícia da década. Bin Laden está morto. Como não lembrar daquele dia de manhã quando eu, gripada, faltei a aula e resolvi ligar a TV no exato momento em que a primeira torre gêmea estava em chamas. Ainda sem entender, mantive os olhos fitos na imagem, quando, poucos minutos depois, um avião invade a segunda torre. O ataque estava claro. Não era acidente, como podíamos imaginar num primeiro momento. Em dezenas de filmes, Nova York já havia sido destruída de várias maneiras. Mas não assim, ao vivo e a cores, sem ficção, e com uma dose extra de terror. Hoje, neste dia 2 de maio, acordo com a notícia da morte de Osama, autorizada por Obama, quanta ironia. O plano que vinha sendo arquitetado há 8 meses pegou o líder da Al Qaeda desprevenido. E o governo norte-americano ainda diz que ele usou uma de suas mulheres como escudo na mansão em que foi encontrado. Não é a toa que manchetes pelo mundo grifam: 'Covarde até o fim'. Mas é hora de cautela, porque ele deixou 23 filhos e uma legião de seguidores radicais extremistas. É considerado mártir da nação muçulmana e guerreiro santo árabe. A euforia dos estadunidenses logo se dissipou. Caiu a ficha de que este é o marco zero. Não onde erguem-se novas torres gêmeas, símbolos de poder, mas frágeis como uma nuvem de poeira. O marco de que a luta contra o terror ainda é patente em todo o mundo. Mundo que vive assustado. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." Isaías 55:6