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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Saudade

Saudade. Substantivo abstrato que se concretiza na dor, no suspiro, na lembrança de um cheiro bom, de um abraço apertado, de um olhar sincero. Ela não tem limites, pelo contrário, quanto mais distante a fronteira, maior se torna dentro do peito. Aquela terra natal que ficou para trás, a família, os amigos... São como quadros na parede da memória, já cantaria Elis. Ou, ainda, saudade das forças que não são mais as mesmas por alguma circunstância. As pernas não obedecem, o fôlego é escasso, e a cabeça, branca, não para de lembrar da juventude de outrora. Saudade de um tempo que não volta. Todo o mundo a sente, mas só nosso dicionário tem o privilégio da legítima saudade. Palavra que nos leva a quem fomos, aos lugares por onde passamos e às pessoas que passaram pela nossa vida deixando um rastro e um rasgo. De saudade.

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