Foi amor à primeira sílaba. Quando descobri as orações e períodos, os textos e contextos, então, nem se fala. Me apaixonei perdidamente. Paixão por contar a vida, por imortalizar os fatos, por narrar um cotidiano nada previsível. Esse é o caso antigo que mantenho firme desde que me revelaram este tão nobre ato de escrever.
Quem sou eu
- Ana Gabriella Sales
- Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Saudade
Saudade. Substantivo abstrato que se concretiza na dor, no suspiro, na lembrança de um cheiro bom, de um abraço apertado, de um olhar sincero. Ela não tem limites, pelo contrário, quanto mais distante a fronteira, maior se torna dentro do peito. Aquela terra natal que ficou para trás, a família, os amigos... São como quadros na parede da memória, já cantaria Elis. Ou, ainda, saudade das forças que não são mais as mesmas por alguma circunstância. As pernas não obedecem, o fôlego é escasso, e a cabeça, branca, não para de lembrar da juventude de outrora. Saudade de um tempo que não volta. Todo o mundo a sente, mas só nosso dicionário tem o privilégio da legítima saudade. Palavra que nos leva a quem fomos, aos lugares por onde passamos e às pessoas que passaram pela nossa vida deixando um rastro e um rasgo. De saudade.
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