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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A segunda impressão

De novo a cosmopolita Londres. A segunda impressão foi a de uma capital acolhedora de gente de todo o mapa. Ao passar por uma galeria de fotos, retratos gigantes de desconhecidos de vários países pareciam me encarar, me perseguir, até se revelarem comuns e iguais a tantos outros rostos que já vi. Apressei o passo para fugir, mas na abarrotada Oxford Street é difícil não esbarrar em alguém menos apressado. Comprei um waffle só pelo cheiro que ele indiscretamente espalhava pela rua e também uma caixa de bombons para meu amor. Mas meu objetivo nessa andança era forrar o estômago, vazio há cerca de oito horas. Então optei por um Fish and Chips para começar bem a nova maratona, dessa vez, paralímpica. Que venham as medalhas, os retratos, as memórias e outras impressões, porque todas elas ficam.  Good night.


Alguns flashes dessa cobertura especial e inesquecível:





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O lugar onde cabem os sonhos

Quem cabe no seu todos? A provocação da comunicadora Cláudia Werneck sobre direitos das pessoas com deficiência me instiga há uma década. Afinal, se o Brasil é, de fato, um país de todos, como diz o conhecido slogan, esse todos precisa ser íntegro, sem múltiplos pesos e múltiplas medidas. Há algum tempo, temas como acessibilidade e inclusão estão mais presentes na pauta do dia, mas essa pergunta ainda não quer calar. Ecoa como um estribilho. Quem cabe no seu todos? A impressão é de que ainda existem dois mundos imaginários, tais quais a linha do Equador, um com e outro sem deficiência. E, no ar, uma falsa sensação de igualdade em meio à diferença, quando na verdade o mosaico da diferença que deve dar sentido à promoção da igualdade. Uma reviravolta de conceitos, preconceitos, educação e cultura. Mas se exclusão foi palavra-chave no dicionário da desigualdade por séculos a fio, que ela mesma seja agora excluída do vocabulário dos direitos. Direitos de todos e de cada um. De ir e vir, de ser, de sentir, de sonhar sonhos que cabem, todos, num mesmo espaço chamado respeito. Espaço em que o intolerante é o único descabido, e intolerável.

Escrevo esse texto às vésperas de embarcar para um grande projeto de cobertura das Paralimpíadas de Londres 2012. Onde superação será a palavra de ordem. Minha e dos atletas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Novos projetos, novas histórias

Londres ficou para trás, mas já se aproxima novamente. Em poucos dias vou mergulhar de cabeça no esporte paralímpico. Um projeto profissional, um sonho pessoal, mais um desafio. Espero reencontrar exemplos de superação como os recordistas Terezinha Guilhermina, do atletismo, e Daniel Dias, nadador que será o porta-bandeira do Brasil. Espero também ter tempo de contar histórias, afinal, o Caso Antigo se propõe a isso, mas tem andado abandonado. Espero me redimir. Quanta esperança.