O roteiro turístico de qualquer lugar se torna muito mais interessante quando temos tempo de caminhar sem pressa, dispostos a descobrir novas esquinas, observar e sentir o ritmo da cidade. Foi isso que fizemos quando soubemos que o famoso bairro da Recoleta ficava a alguns quarteirões do hotel. Mais uma vez, pé na estrada. Pelo caminho, prédios antigos e rebuscados nos chamam atenção e deixam o passeio ainda mais interessante.
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Vista do hotel: Av. 9 de julio |
A Recoleta é um bairro nobre cheio de lojas de luxo. Chegamos a entrar em uma galeria de arte e jóias. Também passamos por uma praça de árvores gigantes. Alguns moradores de rua chegam a dormir entre suas raízes.
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Uma das vitrines chiques da Recoleta. Chocolate! |
Mas o que nos interessava mesmo era o Cemitério histórico, onde estão os os túmulos de Eva Perón e da alta sociedade argentina. Antes, uma passagem pela igreja que fica ao lado, construída em 1732, hoje declarada basílica e patrimônio nacional. Subimos algumas escadas da igreja para ver algumas relíquias e descobrimos uma vista aérea do cemitério da Recoleta.
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Notações do canto gregoriano. O início da escrita musical. |
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Cemitério da Recoleta visto de cima |
Nunca vimos tanto luxo para os mortos. Dizem que o cemitério da Recoleta é o metro quadrado mais caro da cidade. Inaugurado em 1822, além de receber corpos de personalidades, é um verdadeiro museu a céu aberto, cheio de esculturas e obras de arte que amenizam o clima mórbido do lugar. O Beg quis ficar andando entre os corredores, o que não me agradava muito. Queria sair logo dali... Mas concordo que é um lugar de visitação imprescindível.
Saindo do cemitério, hora do almoço. Restaurantes bem aconchegantes não faltam do outro lado da rua. Promotores ficam na porta fazendo propaganda e entregando folhetos com os cardápios. Escolhemos um onde o prato principal do dia era um ojo de bife, tradicional na Argentina. Para nós, o miolo da alcatra. Servido com batata recheada, salada verde e o típico molho chimichurri, com ervas e pimenta. De cortesia, uma taça de espumante. Delícia!
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O que faz parte do chamado cubierto. Sempre pãezinhos com alguma pasta para abrir o apetite. |
Da Recoleta voltamos a pé para o Hotel e depois fomos andar na rua Florida, das compras. Só andar... O jantar foi no Puerto Madero. Um buffet livre cheio de carne para todos os gostos, para variar. O Beg só achou tudo meio sem sal. Eu até me acostumei.
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Mais doce de leite. huuummmmm |
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No caminho, o Teatro Colón. |
Terça-feira - Primeira parada: Palermo
Palermo é um bairro enorme em Buenos Aires, e por isso mesmo dividido em algumas partes. Andamos um pouco pelas ruas do Palermo Viejo. Tem muitas lojas, restaurantes e cafés, além de pracinhas onde crianças e idosos passam o tempo. Lá também encontramos por acaso o Jardim Botânico, lindíssimo. Um pulmão no meio da cidade e também cheio de belas esculturas.
De Palermo para La Boca, onde fica o Caminito
Decidimos conhecer outro ponto muito tradicional, o bairro La Boca, que segundo o taxista é habitado por muitos italianos e descendentes. O bairro é meio esquisito, mas o Caminito é parada obrigatória. É um centro turístico todo colorido e cheio de artesanatos. E o melhor, em todos os restaurantes, apresentações de tango. Escolhemos um para apreciar.
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Tango no restaurante |
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Haja gordura! |
Nosso tempo em Buenos Aires está acabando, mas na mala levaremos alguns alfajores para adoçar estas lembranças e muitas fotos para colorir um álbum que já deixa saudades. Hasta siempre hermanos!