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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Marco zero

Meu primeiro dia de férias foi bombardeado pela notícia da década. Bin Laden está morto. Como não lembrar daquele dia de manhã quando eu, gripada, faltei a aula e resolvi ligar a TV no exato momento em que a primeira torre gêmea estava em chamas. Ainda sem entender, mantive os olhos fitos na imagem, quando, poucos minutos depois, um avião invade a segunda torre. O ataque estava claro. Não era acidente, como podíamos imaginar num primeiro momento. Em dezenas de filmes, Nova York já havia sido destruída de várias maneiras. Mas não assim, ao vivo e a cores, sem ficção, e com uma dose extra de terror. Hoje, neste dia 2 de maio, acordo com a notícia da morte de Osama, autorizada por Obama, quanta ironia. O plano que vinha sendo arquitetado há 8 meses pegou o líder da Al Qaeda desprevenido. E o governo norte-americano ainda diz que ele usou uma de suas mulheres como escudo na mansão em que foi encontrado. Não é a toa que manchetes pelo mundo grifam: 'Covarde até o fim'. Mas é hora de cautela, porque ele deixou 23 filhos e uma legião de seguidores radicais extremistas. É considerado mártir da nação muçulmana e guerreiro santo árabe. A euforia dos estadunidenses logo se dissipou. Caiu a ficha de que este é o marco zero. Não onde erguem-se novas torres gêmeas, símbolos de poder, mas frágeis como uma nuvem de poeira. O marco de que a luta contra o terror ainda é patente em todo o mundo. Mundo que vive assustado. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." Isaías 55:6

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