Foi amor à primeira sílaba. Quando descobri as orações e períodos, os textos e contextos, então, nem se fala. Me apaixonei perdidamente. Paixão por contar a vida, por imortalizar os fatos, por narrar um cotidiano nada previsível. Esse é o caso antigo que mantenho firme desde que me revelaram este tão nobre ato de escrever.
Quem sou eu
- Ana Gabriella Sales
- Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
A finitude da carne
Somos feitos de matéria irremediavelmente perecível. Perecíveis também são algumas emoções, atitudes e visões de mundo. Adolescente então, é alguém em quem jamais podemos confiar. Suas ideias, muitas vezes, não duram mais que 24 horas, ou duram alguns dias e até meses, mas depois se dissipam facilmente como um monte de pó ao vento. Ainda bem que elas não duram, dão lugar ao amadurecimento, ao crescimento. Mas essas fases de rebeldia adolescente acabam deixando marcas, porque no momento em que acontecem, parecem intermináveis. Só quando passa a tempestade, que molha muito mais aqueles que se preocupam do que quem a provoca, é que nos damos conta da sua finitude. Logo vem o sol, a mudança, e quem sabe, o desejável arrependimento. É certo que alguns esquecem de crescer, não fisicamente, mas mental e espiritualmente. Querem ser eternos inconsequentes. E deixam rastros e sequelas em quem esperava deles uma atitude condizente com a data de nascimento. Palavras desconexas antes de dormir nesta noite quente de Teresina. O calor não parece ser finito por aqui.
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