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Jornalista, casada e amante das palavras. A pernambucana mais brasiliense de todas.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mais que vencedora

Uma parte de mim se perdeu pelo caminho. Uma parte do sorriso, da música, da serenidade. O chão se abriu de novo e caí a uma velocidade angustiante. Quando cheguei ao fundo, só encontrei a saudade, dolorosa como ela só. Aos poucos, os sentidos voltaram à tona e me lembrei de que a tia Virgínia já não sofria mais, mas desfrutava de algo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram. Ela nunca abandonou a batalha. E sabia quem estava no controle de tudo. Seu legado ficou em forma de lembrança. Das gargalhadas que demos juntas, da determinação com a qual ela trabalhava, da generosidade com a qual nos recebia, do seu estilo único de ser, cheio de estampas, cores e badulaques, das palavras que ela escreveu e disse, das peças que encenou para propagar o amor de Cristo, do testemunho que tanto nos inspirou e inspira. Na verdade, ainda não consigo acreditar que não vou ouvir mais aquela doce voz nas nossas longas conversas ao telefone. Mas consigo acreditar que ela queria que nós continuássemos firmes. Porque ela está bem agora. E em paz. E é por isso, e por muito mais, que ela foi mais que vencedora.

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